terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Só existe dois dias no ano que nada pode ser feito.
Um se chama ontem e o outro se chama amanhã, portanto, hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver.
( Tenzin Gyatso, 14º Dalai Lama )

sábado, 25 de julho de 2009

CONCLUSÃO DA VIAGEM:

Excelente viagem, realmente o Uruguai é um belo pais, suas paisagens, sua cultura e sua história são extraordinárias, seu povo é muito receptivo e ordeiro;
Não tivemos problema algum com a policia, alias não se vê muita policia por lá;
Existe uma idéia entre as autoridades Uruguaias que nós Brasileiros levamos divisas (dinheiro) quando vamos a turismo para lá;
Documentação na fronteira: Carteira de Identidade e documentos da moto em nosso nome sem nenhum financiamento;
Carta verde não fizemos e em nenhum momento nos pediram;
Hotéis: Sem nenhuma dificuldade, apenas em Bella Union ficamos em um hotel bem ruim, mas lá não se tem opção mesmo, no mais ficamos em hotéis bons e a média de preço entorno de R$ 50,oo por pessoa;
Total de quilómetros: 3.315 km;
Gasolina:180,474 litros (abasteci sempre com gasolina aditivada no Brasil e com a Super 95 no Uruguai;
Média: 18,368 Km por litro (acho uma média boa), a Falcon e a Tornado fizeram praticamente a mesma média com muito pouca diferença pra mais ou pra menos (não entendi isso, como pode uma hora a Falcon gastar mais e no outro abastecimento gastar menos que a Tornado)
Velocidade: entre 100/120 km. p/ hora;
Despesa total aproximada: R$ 750,00 entre hospedagem, alimentação e gasolina.
Até a próxima viagem.

SEXTO DIA - JAGUARÃO X ARROIO DO SAL/XANGRI-LÁ

Acordamos cedo, tomamos café, e antes das 8:30 hs. estávamos em Rio branco para fazer umas comprinhas, nossa surpresa foi que as lojas na maioria abrem as 10 hs., ai ligamos para o mecânico que iria fazer a troca da relação e fomos lá, eram 9:30 hs. quando o rapaz começou a fazer o serviço, deixei o Alexandre lá e fui pra Rio branco, comprei uns presentinhos encomendados pela patroa, e antes das 11:15 hs. estava no hotel, me desencontrei do Alexandre, arrumei minhas coisas e fiquei esperando ele, logo ele chegou com a moto OK e já tinha comprado uns presentinhos também, aguardei ele arrumar suas coisas, abastecemos e fomos em direção a Pelotas, são 150 km. aproximadamente entre Jaguarão e Pelotas, e chegamos umas 13:20 hs. na casa do Rodrigo, que nos aguardava com um churrasco daqueles, Rodrigo, Bianca, Diego, Tiago e outros... show de bola essa turma, quando chegamos o churrasco tava no ponto e a fome era grande, conversamos muito demos boas risadas, belas companhias, e as 15:45 hs. nos despedimos, não sem antes o Alexandre colocar em sua bagagem a relação de Tornado que o Rodrigo comprou na noite anterior, enfim seguimos rumo a nossas casas, entre Pelotas e Porto Alegre são 260 km. e mais 130 km. até Xangri-Lá, seguimos bem com pouco movimento, andamos entre 100 km. p/h e 120 km. p/h e com pouco transito a estrada rende... logo estávamos em Porto Alegre, paramos no posto Grall na free way e antes das 20 hs. estávamos em casa, nos despedimos na entrada de Atlântida, baita parceiro esse Alexandre, viagem concluída.

QUINTO DIA - PUNTA DEL ESTE X CABO POLONIO X TRIENTA E TRÊS X RIO BRANCO:

Acordamos, chuva e cerração, tomamos café sem muita pressa, arrumamos a bagagem, sábado chuvoso até no Uruguai é parado, uma volta na Punta, paramos na mão e tiramos umas fotos, fomos em direção a La Barra, umas fotos da ponte e seguimos pela costa, até um ponto que saímos em direção da Ruta que liga Montevideu ao Chuy, andamos por alguns quilómetros e entramos em direção a La Paloma, La Paloma é um balneário muito bonito... são poucas casas, 2 ou 3 prédios, um farol, uma bahia muito bonita com uma ilha de areia na entrada da bahia e um porto com barcos da marinha Uruguaia, pesqueiros e veleiros... Saímos dali e seguimos para Cabo Polónio por uma Ruta que liga La Paloma a vários outros balneários, andamos uns 60 km. e chegamos a entrada de Cabo Polónio, eram 12:25 min. e só deu tempo de largarmos as motos, pagar o valor da entrada no parque, e deixarmos nossas bagagens na portaria e subir no jipão tracionado e seguir rumo a praia, anda-se uns 20 min. por entre dunas e uma floresta de pinus, até que se chega a praia, e na chegada se tem a impressão de uma vila de pescadores tipo a vila de pescadores do farol da solidão no litoral norte do RS, o jipão nos larga bem no meio da vila, e notamos que havia inúmeras placas de aluguel nas casinhas bem humildes da vila, isso quer dizer que muitos turistas devem ir para lá e aluga las... Bem são entorno de 250 casas, algumas pousadas na beira do mar, um farol, uma base da marinha e os lobos marinhos, muitos lobos marinhos, tem uma ilha de pedra a uns 1000 mts da praia tomada por eles e na beira da praia próximo ao farol também tinha inúmeros, todos lagartiando no sol, esses da praia dormindo quietos, os da ilha numa gritaria louca, acho que a ilha é o local do acasalamento, caminhamos um pouco entre as casas, o sol brilhava e como estávamos com as jaquetas e roupas de frio passamos calor, tiramos umas fotos e fomos procurar algo para comer, pois ja era quase 13:30 hs., ai restou apenas um pão com mortadela, más foi bem, com fome até pedra vai... em Cabo Polónio o acesso é somente por esses jipes, não se pode entrar com carro, moto ou a pé, existe um controle para preservação do meio ambiente, pra se ter uma ideia não existe luz eletrica no local, apenas para o exercito e marinha e para o farol, as ruas são caminhos no meio das dunas, e existe uma comunidade hipie (naturebas) bem grande que moram lá nessa praia... as 14 hs. pegamos o jipão de volta e em mais 20 min. estávamos seguindo nosso caminho, é impressionaste o numero de turistas estrangeiros que encontramos em todos os lugares, o Uruguay é rota dos turistas, principalmente europeus e americanos... bom, seguimos até Castillos ali abastecemos e seguimos por uma estrada de chão batido, que na parte inicial era bem boa, chegamos a andar a 90 km. p/h, e logo com uma chuva muito forte ficou virado num enorme lamaçal e não se conseguia andar a mais do que 40 km. p/h, era muita chuva e o lodo escorregando... foram 60 km. naque situação e quando a chuva terminou a estrada foi ficando boa e logo começou o asfalto novamente, andamos, andamos e com o sol entre nuvens em uma colina decidi parar para esticar as pernas, estava com caimbra na perna esquerda, conversamos um pouco e observei a correia da moto do Alexandre meio frouxa, ele vinha todos os dias apertando a correia, e comentei essa tua correia vai acabar arrebentando... subimos nas motos e fiz sinal para o Alexandre seguir na frente, antes dele colocar a terceira marcha a correia arrebentou... eram quase 17 hs. e agora, primeiramente pensamos em emendar ali mesmo, só que com poucas ferramentas logo desistimos, pensei em buscar um mecânico, pelos meus cálculos estávamos a uns 20 km da próxima cidade, José Pedro Varela, mas falei pro Alexandre quem sabe te puxo? mas como? não temos corda! peguei um alongador que amarava a bagagem dele, e amarei na minha moto e disse pra ele segurar com a mão e qualquer coisa soltar a cordinha, arranquei bem devagar e fomos indo, andamos a 60 km. p/h, e fomos indo, quando avistei o trevo de acesso a cidade me senti aliviado, diminui a velocidade e percebi que vinham algumas pessoas de moto, fiz sinal e um deles parou, falei o que havia acontecido e logo se prontificaram a nos acompanhar até uma oficina, seguimos por umas quatro quadras e logo estávamos em frente a uma casa em que funciona uma oficina, explicamos e mostramos o que queríamos, num primeiro momento as emendas de correia ou eram muito pequenas ou muito grandes, até que o mecânico pegou e retirou a correia de uma xl 350 honda que estava ali na oficina, veio até a tornado e viú que dava, e colocou na hora, fiquei olhando, depois dizem que os Uruguaios não gostam do Brasileiros, aliás não são Uruguaios não, são Orientais, mas isso é conversa mais pra frente, como a correia da tornado era com retentor e a emenda não tinha, o mecânico teve que dar uma esmirilhada para encaixar bem, mas picou bem e na colocação foi constatado que o pinhão tinha ido pro saco a muito tempo, e na verdade foi o pinhão que danificou a relação toda, mas, correia colocada, perguntamos o preço, e tivemos a surpresa do cara não querer cobrar nada, ficamos até constrangidos e o Alexandre acabou dando uns pilas pra ele, mais uma vez nas minhas viagens acontece isso... na viagem ao Chile tivemos um problema com a garupeira da falcon do Rodrigo que quebrou, estávamos em Santa Rosa no meio da Argentina, era domingo e encontramos um cara, o Guido, com o maçarico ligado na hora que chegamos, ai o Guido fez o serviço e não cobrou nada, não aceitou dinheiro de forma alguma... agora era sábado, 18 de Julho, feriado da independência do Uruguai, e achamos um cara que tirou a correia de uma moto particular pra pegar uma emenda pra nós e ainda não quer cobrar nada... bom agradecemos, comprimentamos todos, agradecemos de novo e seguimos, já começava a escurecer e nossos amigos com as motos nos acompanharam até o trevo da cidade, ainda existe gente boa nesse mundo, bom quando chegamos a oficina liguei para o Rodrigo em Pelotas e disse o que havia acontecido e pedimos a ele pra comprar uma relação de tornado que iríamos precisar pro outro dia... saímos de José Pedro Varela e seguimos a Trinta e Três, são 60 km. que foram vencidos rapidamente, começou a chover novamente e estava bem frio, ao chegar em Trinta e Três abastecemos e seguimos a Vergara, e um pouco antes de Vergara a estrada esta em obras por uns 25 km., e com chuva e sem sinalização na estrada e um movimento de caminhões e carros surpreendente, fomos indo, na entrada de Vergara paramos um pouco e a correia tinha cedido mais um pouco, apertamos e seguimos, quando vi uma placa indicando que estávamos a 54 km. de Rio Branco pensei que se arrebenta-se novamente essa correia ia ser brabo, frio, chuva, noite, sem sinalização na estrada, vamos lá, fomos indo e antes das 20 hs. chegamos na alfandega, fizemos o trâmite e seguimos a Jaguarão, já estava tudo fechado e o primeiro hotel que vimos nos jogamos pra dentro, enquanto eu ajeitava o hotel, o Alexandre viu uns caras carregando umas motos em uma camionete, em frente a uma auto peças de motos, e foi lá e conseguiu comprar uma relação, as motos estavam sendo carregadas para o motocros de domingo em Pelotas, e o dono da loja nos conseguir o número do telefone de um ex-funcionário para trocar a relação, fizemos contato e ficou agendado para o outro dia pela manha fazer o serviço, fomos para o hotel, tomamos um banho e fomos comer algo, comemos um Xis em jaguarão na praça da igreja em um cachorrão, voltamos e cedo estávamos dormindo, foi um dia corrido...

QUARTO DIA - CÓLONIA X MONTEVIDEU X PIRIAPOLIS X PUNTA DEL ESTE:

Acordamos bem cedo, antes das 7 hs. da manha, tomei um banho e fomos caminhar pela parte histórica da cidade, que fica a poucas quadras do hotel onde estávamos, estava muito frio, algo como zero grau, caminhamos pelas ruas desertas, tiramos algumas fotos das casas antigas, construídas em 1680, coisa muito bonita, casas, forte, igreja, ruas... história viva e sem pagar ingressos, hehehehehe, antes das 8:30 hs. estávamos de volta ao hotel, tomamos café e arrumamos a bagagem, saímos do hotel e demos mais uma volta pela cidade, e o tempo com cara de chuva, antes de sairmos olhamos a previsão do tempo e segundo a previsão em Montevideu teríamos chuva... saímos e fomos até o local onde há uma arena de toros abandonada, existe também um casino abandonado e o hipódromo da cidade, falamos com um senhor que vendia umas quiquilharias na beira da calçada e em um castelhano terrível de entender nos deu um histórico rápido sobre a arena e o casino, ele nos falou que foram construídos no inicio do século XX, e que atraiam muitos jogadores que vinham da Europa, Buenos Aires e de todos lados para ali se divertir, mas com o passar de alguns anos as entidades protetoras dos animais Uruguaias interviram e proibiram espetaculos com morte de animais, ai a arena foi interditada, e o casino foi aos poucos diminuindo o movimento até fechar... Saímos dali e atrávesamos novamente a cidade de Cólonia de Sacramento e deixamos para trás suas lindas avenidas arborizadas por plátanos sem folhas que deixam um visual muito lindo nesse inverno muito frio e bonito... Seguimos pelo caminho que leva a Montevideu, no inicio a pista é simples e muitas árvores ao redor da pista, passados uns 50 km. a pista fica dupla e só se vê campos e mais campos, o movimento na estrada nos parece fraco, mas é só você parar por alguns minutos na beira da estrada e passam vários carros e caminhões, acho que como vínhamos em um ritmo de 100/110 km. andávamos na velocidade que a maioria anda, por isso não tínhamos noção do movimento da estrada, conforme andávamos aos poucos chegávamos próximo a nuvens carregadas de chuva, mas do nada elas sumiam e seguimos até Montevideu com sol, entramos em Montevideu, passamos pelo centro da cidade, seguimos até a Rambla que margeia o Rio do prata (desde Colónia já é Rio do Prata) paramos para algumas fotos, o Rio dava laçasso contra a mureta do calçadão e respingava agua pra todo lado... seguimos... logo a frente mais uma parada para aguardar o Alexandre que sumiu no transito, ainda bem que logo ele apareceu, nessa parada observei a beleza dessa avenida, seus prédio, as praças, enfim Montevideu é uma bela cidade...seguimos e mais a frente, quando já tínhamos passado pela entrada do aeroporto de Carrasco, e já estávamos na Ruta que leva a Punta, paramos em um posto de combustíveis para comer algo, almoçamos um sanduiche, conversamos um pouco, e saímos já eram mais de 14 hs. e nada de chuva... andamos uns 50 km. e a chuva veio, o Alexandre estava com a capa de chuva desde Colónia, ai parei em uma parada de onibús e coloquei a capa...andamos uns 10 km. e a chuva veio com tudo, andamos mais uns km. e entramos para Piriapolis, muita chuva, frio e a cidade (balneário) deserta, olhamos aqui, ali, e não deu para encarar, nossa ideia era dormir ali pois naquela sexta haveria um moto acampamento, evento organizado pelo M. G. Falcones do Uruguay, mas era muito frio e não identificamos condições de ficar ali, subimos no cerro que tem um bondinho, fotos, frio, e chuva (heheheheh), depois de alguns minutos e tudo fechado na cidade, abastecemos e decidimos seguir a Punta del Este... não são muitos quilómetros entre Piriapolis e Punta del Este, mais a chuva e o frio fazem qualquer distancia ficar complicada, como estava com os pés congelando e as mão geladas, não pensei muito e fui direto em um hotel que já conhecia, viajar com frio e chuva não é nada fácil... chegamos no hotel, U$ 50, para dois com café da manhã, descemos a bagagem, um banho bem quente, e decidimos ir ao shoping da cidade, fomos e me impressionei com o movimento, muita gente no shoping e no supermercado, certamente Punta deixou de ser apenas um balneário de veraneio, caminhamos um pouco, comemos um big mac, e o cansaço começou a aparecer, depois de quatro dias andando quase 2.500 km. em condições de frio, cerração, chuva e estradas desconhecidas, fomos para o hotel, e antes das 21 hs. eu já estava dormindo...

TERCEIRO DIA - BELLA UNION X SALTO X PAYSANDÚ X FREY BENTOS X COLÓNIA

Acordamos era umas 7:15 hs. o dia anterior foi puxado, andamos quase 700 km. e com muito frio... Tomei um banho, tomamos o café, se é que se pode chamar aquilo de café da manha, a serração fechada que não se via nada, era 8:30 hs. saímos do hotel, fomos até a ponte da divisa com Barra do Quarai, depois fomos até a divisa com o Rio Uruguai, mas pouco se via, andamos um pouco na cidade, e desistimos de ir até o ponto de encontro do Rio Quarai com o Uruguai, onde há um mirante que se vê o lado brasileiro e o lado Argentino, abastecemos e pegamos a estrada, a serração era muita, e fomos com cuidado, o caminho para Salto é excelente e o movimento na estrada é pouco, pra se ter uma ideia em 140 km. fomos ultrapassados por uma camionete e ultrapassamos dois caminhões e um carro velho, andamos no inicio a 80 km. p/h, depois a 90 km p/h e chegamos em Salto já eram 11 hs., ai já tínhamos um céu mais aberto e Salto nos pareceu uma bela cidade, seguimos por mais 14 km. até a represa sobre o Rio Uruguai, e fomos até o lado Argentino com as motos, só não passamos a alfandega para não nos atrasarmos mais, a represa é gigantesca, e muito bonita, ali o Rio Uruguai deve ter quase um quilometro de largura, voltamos e pelo caminho observei que naquela região existem vários hotéis de excelente qualidade, deve ser em função das águas termais que são famosas daquela região, passamos novamente por dentro de Salto, sem entrarmos no centro da cidade, e a impressão que ficou é das mais positivas, a cidade deve ter algo com 70.000 habitantes, moderna com prédios altos e voltada para o Rio Uruguai, bonita mesmo... Seguimos para Paysandú, a estrada, la Ruta como dizem los hermanos, és buena, com belos campos com muito gado, e algumas plantações... em pouco mais de uma hora estávamos entrando em Paysandú, fomos até a ponte, tiramos umas fotos, e fomos ao centro, na ida passamos pelo parque que há na beira do Rio Uruguai, e que deve ser maravilhoso durante o verão, muitas sombras, churrasqueiras, show de bola, é a segunda vês que passo ali e me chama a atenção, vou ter que ir lá comer um churrasco uma hora destas... fomos ao centro e procuramos algo para comer, por indicação de um flanelinha fomos comer uma hamburguesa em uma carrocinha, se arrependimento mata-se... buenas, mas é assim mesmo... pegamos o caminho a Frei Bentos, a estrada já com mais movimento e muito boa, bem sinalizada, e rapidamente chegamos e fomos até a ponte internacional que esta bloqueada do lado Argentino por manifestantes contra a estalação de indústrias de celulose no lado Uruguaio, tiramos umas fotos ao longe da ponte, umas fotos da indústria de celulose que já esta funcionando, a outra ainda esta sendo instalada, e seguimos rumo a Colónia del Sacramento, passamos em Dolores e dali em diante a região é muito bonita, muitas plantações, parreirais, região muito produtiva, até tinha uma placa na beira da estrada que dizia que aquela região é o celeiro do Uruguay, sem dúvida muito bonito, cidades com praia voltada para o Rio Uruguai, e já no entardecer paramos em um lugarejo destes e fomos até a beira rio, muito bonito mesmo, seguimos... e logo anoiteceu e nós de novo na estrada, anoitece e o frio fica pior, mesmo com todo o equipamento ainda se sente frio, é um frio que corta as roupas e penetra por algum orifício no fecho, sei lá... logo chegamos na bela e histórica Cólonia de Sacramento, paramos em um posto de servicio, que é como é chamado posto de gasolina nos países de língua castelhana, abastecemos e seguimos para o centro, eram como 19:30 hs., sabíamos que pagaríamos mais caro por hospedagem em Cólonia, paramos em um hotel e não tinha garagem, noutro muita pompa, noutro sei lá, ai fui num hostel e nem me atenderam, más quando é pra dar certo dá, sai meio assim do hostel e fui ai que vimos numa esquina um hotel bem simpático, entrei e me agradei, olhei o quarto e era muito bom com splite e tudo, ai dei uma chorada e ficamos ali mesmo por US$ 64,00, barato não é mas... descemos as bagagens, banho tomado, e fomos comer algo, comemos uma bela pizza na tabuá, muito boa e tomamos uma heineken de litro, que cerveja mais forte, voltamos para o hotel e fomos dormir...

quarta-feira, 22 de julho de 2009

SEGUNDO DIA - MELO X TACUAREMBÓ X RIVERA X ARTIGAS X BELLA UNION

Bom completando na chegada em Melo, já eram 18 hs. passadas e ainda tínhamos sol, fomos ao centro procurar hotel, o primeiro lotado, o segundo idem, pensamos nessa epóca lotados??? na terceira tentativa conseguimos um quarto, nem pensamos muito em valores, mas saiu caro $Ur 1.200,00 para dois com café da manhã, mas o quarto tinha até splite, e garagem para as motos... Show de bola...

Na noite comemos uma bela pizza, tomamos uma bud, e cama...

Acordamos cedo, tomamos café, arrumamos as coisas e tipo 8 hs. da manhã estamos saindo do hotel, frio pra chu-chú, Melo começava a se movimentar...

Abastecemos e seguimos rumo a Tacuarembó, as paisagens dos campos nos acompanharam por vários quilómetros, até que na divisa com o Departamento de Rivera muda para uma vegetação rasteira e seca, a uns 120 quilómetros de Melo abastecemos em um destes lugares perdidos no meio do caminho e lá deveria estar algo como 2 ou 3 graus, muito frio mesmo, saímos e mais uns 100 quilómetros chegamos Tacuarembó, cidadezinha típica do interior do Uruguai, com varias praças, ruas que vão e ruas que vem, uma praça principal com a igreja, tudo muito parecido com Melo, até acho que em termos de população deve ser parecido também, ali em Tacuarembó já estava um pouco mais quente algo como 7 a 8 graus, demos umas voltas e olhadas na cidade e seguimos rumo a Rivera...


Entre Tacuarembó e Rivera são mais ou menos 100 km. que foram vencidos com facilidade, nesse trecho já próximo do meio dia o sol já estava mais forte então tinha um pouco mais de calor, as paisagens são belíssimas, muito bonitas mesmo, chegando em Rivera, que é a Meca dos free-shop's da fronteira BrasilXUruguai, umas olhadas rápidas e fomos almoçar em Santana de Livramento numa churrascaria que já conhecia de outra viagem, almoçamos bem e saímos para mais uma olhada na cidade de Rivera, que é uma cidade maior e mais desenvolvida do que Melo e Tacuarembó, o movimento dos free-shop's move a economia de Rivera, isso causa prejuízo a Santana de Livramento em termos económicos mas o jogo é esse, e em outros anos já foi o contrario... umas fotos básicas e seguimos pelo mesmo caminho que viemos até um trevo, a uns 50 km. de Rivera, onde abastecemos e seguimos rumo a Artigas, nos primeiros km. a Paisagem é muito parecida com o que encontramos entre Tacuarembó e Rivera, mas logo surge uma serra e uma subida de uns 300 a 400 mts. e lá em cima tudo diferente, os campos cheios de pedras e pedras e mais pedras que vai por quase 100 quilómetros igual, uma paisagem estranha, muitas ovelhas, gado e pedras nos campos, sem dúvida um lugar único, e no meio disso só um pequeno lugarejo abandonado no meio do nada... Seguimos e chegamos a Artigas no meio da tarde, cidadezinha pequena na fronteira do Brasil com Quarai, alguns free-shop's meio quebrados, atravessamos a cidade e fomos até a ponte internacional de La Concórdia, tiramos umas fotos e rapidamente saímos, abastecemos e já eram 17 hs. quando saímos de Artigas em direção a Bella Union, a estrada é um carreiro, ainda bem que não tem movimento praticamente nenhum, estreita, com pontes na maioria para apenas um carro, e com o asfalto muito ruim, a paisagem a mesma de antes, pedras, pedras e mais pedras, e frio também... anoiteceu e não chegava essa tal de Bella Union, e nem placas não falavam nela, comecei a achar que era mais uma lenda, como o Acre, e a estrada cada vez pior, ai surge uma pequena placa, Bella Union 20 km., bom esse é o caminho, logo apareceu umas luzes a esquerda, e a estrada pendeu pra direita, e tinha luzes pra direita também, em poucos quilómetros estávamos em Bella Union, e ai me toquei o porque das luzes, do lado esquerdo a Argentina (Monte Caseros) e do lado direito Brasil (Barra do Quarai), entramos na pequena cidade, eram 20 hs. e pouco movimento nas ruas, perguntamos para um Senhor sobre um hotel, o primeiro nem achamos, o segundo que foi indicado achamos, era pra ser o melhor da cidade, mas era brabo de encarar, mas encaramos, um quarto sem banheiro, mas uma tv e sem janelas pra rua, fazer o que? era só o que tinha, ficamos ali, afinal tinha um lugar nos fundos que podemos colocar as motos, descemos as bagagens, tomamos um banho bem rápido e fomos conhecer a cidade, andamos umas cinco quadras e a cidade parecia uma cidade abandonada, achamos um pequeno bar e ali comemos um lanche (chivito), tomamos uma coca-cola, e fomos pro hotel, afinal essa é uma das zonas com mais casos de gripe aviaria no Uruguai e quanto menos contato com a população melhor, chegamos no hotel já com serração baixa, assistimos ao jogo da final da libertadores, e o sono veio...